Flamengo x Internacional: defender o título ou encerrar jejum, qual pressão é maior?

Psicólogo e ex-jogadores avaliam peso de jogo decisivo, como o de domingo, no Maracanã



A imagem mais recente do campeão brasileiro ainda está vívida na memória dos rubro-negros e da maior parte do elenco atual do Flamengo, como Éverton Ribeiro, Diego Alves e Diego, capitães que levantaram a taça. Para os colorados, a foto de Falcão com o troféu de 1979, o último do Internacional, já anda esmaecida. No domingo, as equipes se enfrentam na final antecipada sob os dois pesos: manter a hegemonia, de um lado, e acabar com o jejum de títulos, do outro. Mas qual pressão seria maior?


Não há um consenso a respeito. Seja pela psicologia ou por quem experimentou as duas situações dentro de campo. A pressão, de onde vier, é sempre muito grande numa final. E cada jogador vai ter uma experiência distinta.


— São diversos os fatores que afetam as disposições emocionais dos atletas. Ao longo de toda a temporada, eles são expostos a diferentes demandas, internas e externas, que causam respostas de ansiedade e estresse. O contexto de um “jogo de 6 pontos” numa reta final de campeonato pode causar um aumento de percepção de estresse, por exemplo, para uma mesma situação, se comparamos com a primeira rodada do campeonato. O maior desafio é conseguir focar naquilo que ele deve executar bem para obter um desempenho desejável, e criar um ambiente positivo de busca pelo sucesso e objetivo do grupo — explica o psicólogo Victor Cavallari, especialista em psicologia do esporte.



Do ponto de vista coletivo, é necessário que essas questões também sejam debatidas entre eles, ainda que cada atleta sinta de uma forma diferente. Esse papel cabe, principalmente, aos líderes do grupo, com mais tempo de casa e que entendem melhor as demandas do clube.

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